Polícia Militar Ambiental de Bataguassu autua capataz e dono de fazenda em R$ 10 mil em razão de caçada e abate com onça em extinção

Policiais Militares Ambientais de Bataguassu (MS), autuaram um capataz e um fazendeiro acusados de abater e caçar onça em extinção pela região. O fato ocorreu após denúncias realizadas através de vídeos e fotos publicadas publicadas nas redes sociais.

No vídeo e nas fotos, os homens mostravam o animal abatido e brincavam durante a prática do crime. Assim que recebeu o material, a PMA identificou a propriedade, que fica no município de Santa Rita do Pardo, também interior do estado de MS, às margens da rodovia MS- 040, a 33 km da cidade.

Ao checarem as informações, segundo o registro da ocorrência, o capaz confessou que o abate da onça-pintada aconteceu na propriedade rural, relatando que três homens que realizavam trabalho de diarista na fazenda, no mês de janeiro, haviam abatido a onça.

O capaz ainda disse, que viu o bicho quando já estava morto e sendo jogado dentro do rio Mimoso que corta a propriedade.

Quanto a arma utilizada no abate do animal, o capataz informou que os homens, os quais não conhece e nem sabe os nomes, não a levaram e que estaria escondida em uma mata nas proximidades do rio.

Em continuidade a ação, a equipe policial realizou uma varredura no local e encontrou uma espingarda calibre 36, além de frascos de pólvora, espoletas e chumbo para carga de cartuchos. O material foi aprendido.

O capataz afirmou que informou o proprietário da fazenda da caçada. Pela omissão, pois conforme a lei, responde pelo crime ambiental quem de alguma forma contribui com os crimes previsto na lei, bem como pela omissão da comunicação, o proprietário da fazenda, de 49 anos e o capataz de 66 anos foram autuados administrativamente e multados em R$ 5 mil cada um.

A arma, vídeos e fotos foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Santa Rita do Pardo, que investigará e tentará identificar os autores do crime. A pena para a caça é de seis meses a um ano e meio de detenção, tendo em vista que o animal abatido está na lista de espécies em extinção. Pela posse de arma, a pena de um a três anos de detenção.

Crédito: MinutoMS/ Foto: Divulgação