Operação da PF mira líder do PCC em MS após tráfico de drogas em universidade
3 de dezembro de 2020A Operação Residence, deflagrada pela PF (Polícia Federal) da Paraíba nesta quarta-feira (3) cumpriu ao todo 38 mandados de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão. Um deles, dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo, era liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), e continuava comandando o tráfico de drogas na Paraíba, mesmo preso em Mato Grosso do Sul.
“Pitbull”, como era conhecido, foi preso por tráfico de drogas na Paraíba. Por ser considerado de alta periculosidade, foi transferido para o presídio federal em Mato Grosso do Sul. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos contra familiares de “Pitbull”, na Paraíba, acusados de ajudarem no transporte de drogas.
A Operação Residence, nome dado em referência à moradia universitária utilizada para armazenamento e distribuição das drogas, começou quando investigações apontaram que um estudante estava traficando drogas na UFPB (Universidade Federal da Paraíba). O principal suspeito, acadêmico de pedagogia, tinha recebido alvará de soltura após cumprir pena por tráfico de drogas. Segundo o delegado Bruno Rodrigues, da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, ele era tido como exemplo de ressocialização.
“O acadêmico e ex-presidiário dava entrevistas para a imprensa como exemplo de ressocialização, mas utilizava da própria estrutura da Universidade para traficar. Foi encontrado, em flagrante, grande quantidade de drogas na residência universitária onde ele dormia”, afirma.
O acadêmico de pedagogia era membro do PCC e atuava dando auxílio jurídico à Organização Criminosa, na Paraíba. “Com a descoberta de que ele fazia parte da facção, fomos mudando o foco das investigações e objetivando o PCC do estado, o que nos levou a outras lideranças pelo país”, explica o delegado.
A Operação conta com a participação de aproximadamente 200 policiais federais e acontece na Paraíba, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Paraná, Rondônia e Roraima.
Crédito: Midia Max/ Foto: Divulgação/PF