
Ações da Gaeco continuam; Chefe do Executivo de Água Clara não está entre os alvos
20 de fevereiro de 2025As fiscalizações de contratos firmados entre empresa privada e instituições públicas, que resultaram em operações deflagradas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e Grupo Especial de Combate à Corrupção (Gecoc), nesta última terça-feira (18), em municípios do interior do Estado de Mato Grosso do Sul continuam em andamento.
Entre as cidades que receberam a ação policial, denominada como ‘Operação Malebolge’, está o município de Água Clara (MS), onde foram presas a secretária de finanças, Denise Rodrigues Medis e duas servidoras públicas da Secretaria de Educação, cujas identidades não foram divulgadas.
PREFEITA DE ÁGUA CLARA ESTÁ FORA DA MIRA POLICIAL
De acordo com a assessoria jurídica do município, a Chefe do Executivo, Gerolina Alves (PSDB), não está entre os nomes investigados e tão pouco, é alvo da polícia.

“Em nenhum momento, houve mandado de busca e apreensão no gabinete da prefeita e na casa dela, o que demonstra que ela está isenta da ação policial e das fraudes que estão sendo investigadas”, relatou o assessor jurídico da cidade.
A assessoria ainda afirmou que até o momento, não teve acesso aos autos do processo e por isso, não pode divulgar mais detalhes sobre o ocorrido, mas, assim que possível, emitirá uma nota oficial.
OPERAÇÃO MALEBOLGE
A Operação Malebolge realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) cumpriram 11 mandados de prisão preventiva e 39 mandados de busca e apreensão em uma investigação que apura fraudes em licitações.
Além de Água Clara, as ações ocorreram também nas cidades de Campo Grande, Rochedo e Terenos.
FRAUDES EM CONTRATOS CHEGAM A R$ 10 MILHÕES
Segundo nota oficial, o grupo especial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) apontou que o esquema criminoso, envolvendo um empresário e servidores públicos, fraudou contratos que ultrapassam os R$ 10 milhões nos municípios de Água Clara e Rochedo.
Conforme as investigações, o esquema contava com pagamento de propinas a servidores para fraudar licitações, principalmente na área da educação.
Mediante recebimento de propina, servidores atestavam ter recebido produtos e serviços que nunca foram realizados, além de acelerar trâmites para emissão de notas frias para acelerar pagamentos a empresários.
CONFIRA OS DETIDOS NA OPERAÇÃO MALEBOLGE
Douglas Geleilaite Breschigliari, empresário, dono da D&B Comércio Atacadista de Confecções; Mauro Mayer da Silva, empresário, dono da Zellitec Comércio e Serviços; Izolito Amador Campagna Júnior, empresário, dono da I.a. Campagna Junior & Cia LTDA; Celso Souza Marques, pescador (também seria servidor público); Luciana Mendes Carneiro, empresária; Fabrício da Silva, empresário, dono de um Cyber Café que prestaria serviços para a prefeitura de Rochedo; Renato Franco do Nascimento, servidor municipal, atua na Diretoria de Licitações; Fernando Passos Fernandes, filho do prefeito, Arino Jorge (PSDB) e servidor municipal da Diretoria de Licitações; Denise Rodrigues Medis, secretária de finanças de Água Clara e duas servidoras públicas da Secretária de Educação, também de Água Clara que não tiveram os nomes divulgados.
Crédito: Zé Gomes/ Pollyanna Eloy com informações do Midia Max/ Fotos: Divulgação